segunda-feira, 15 de maio de 2017

Estudo de caso: carro lateralizado vs. objeto fixo

Imagine o seguinte cenário: um carro colide com algum objeto (outro carro, um meio-fio, etc), fica lateralizado e esmagado contra um muro.

Ilustrando a situação:


Agora imagine que este carro é um sedan e que o teto foi comprimido contra este muro, não havendo acesso imediato pelo pára-brisas, vidro traseiro ou porta-malas, e com acesso bastante restrito pelas portas laterais.

Há uma vítima no interior (condutor), inconsciente. Neste cenário, não é possível um socorrista / resgatista adentrar o veículo para checar o estado geral da vítima, nem mesmo estabilizá-la.

Uma alternativa - possilvemente a mais recomendada - seria:

1. Estabilizar o veículo com calços e estabilizadores.
2. Remover portas laterais
3. Remover tampa do porta-malas e bancos traseiros.
4. Acessar a vítma para checar sua condição e estabilizá-la (se for possível).
5. Não sendo possível extraí-la pela porta lateral ou porta-malas, fazer um acesso pelo assoalho do carro.

O vídeo abaixo ilustra os procedimentos:


O problema dessa técnica é que ela exige muito tempo e, como a vítima não responde a comandos verbais, não é possível saber sua condição.

Até que um socorrista / resgatista consiga acessá-la, estabilizá-la e um acesso pelo assoalho seja feito, a condição da vítima pode piorar muito, eventualmente evoluindo para morte.

Uma alternativa não convencional seria realizar um "tombamento controlado" do veículo. Ilustrando:


Dessa forma, com o veículo com as quatro rodas no chão, ficaria muito mais fácil realizar o resgate, removendo completamente o teto.

Como a vítima não foi estabilizada, esta técnica tem de ser realizada de forma muito controlada. Pode-se utilizar cabos e guinchos de viaturas para desvirar o veículo cuidadosa e gradualmente.

O ideal é que os resgatistas também controlem o "tombamento" pela parte do assoalho do carro, evitando solavancos que possam agravar ainda mais a situação da vítima.

Concluindo, esta técnica pode ser usada em casos como o citado acima, onde não se conhece o estado geral da vítima, ela não responde a comandos verbais e não se tem fácil acesso por qualquer abertura (portas, porta-malas, pára-brisa).

Saudações!

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