quarta-feira, 10 de maio de 2017

Caso real: incêndio em empresa

Na madrugada de ontem, participei de uma ocorrência de combate a incêndio em uma empresa de fibra de vidro.



Este caso se enquadra perfeitamente na categoria 2 descrita no post sobre Incêndios em Indústrias

Ou seja, uma empresa de pequeno porte, com diversos materiais inflamáveis e explosivos, sem nenhum responsável técnico presente na chegada das primeiras guarnições, e sem que a equipe soubesse o que exatamente estava queimando.

Cheguei à cena com o combate já em andamento, mas colegas bombeiros me relataram explosões logo após a chegada das primeiras guarnições.

Neste caso, não havia edificações muito próximas da empresa, nem vítimas presas em seu interior. Então o combate se deu de três formas:

1- Protegendo o que ainda não tinha queimado (escritório).

2- Testando o agente extintor (água), que reagia com determinadas partes do incêndio - aumentando temporariamente as chamas, mas sem explosões.

3- Combatendo por cima com uso de auto-plataforma, causando resfriamento e abafamento.

Não havendo vítimas, sendo a empresa de pequeno porte e estando diversas paredes comprometidas, optou-se por combater externamente para reduzir o risco aos bombeiros.

Só mais ao final, no rescaldo e com segurança, adentrou-se à edificação para finalizar o combate.

Mesmo que a água reagisse com o fogo, optou-se por não usar LGE, pois com a chegada do responsável pela empresa, identificou-se que os materiais não exibiam risco de explosão em contato com água.

Fora isso, seria necessário grande quantidade de LGE para extinguir as chamas, representando um alto custo para um pequeno benefício.

Por fim, o combate foi longo, mas felizmente só teve danos materiais.

Lembre-se: este tipo de ocorrência apresenta grande risco para os bombeiros. Caso não tenha lido o post sobre Incêndios em Indústrias, recomendo a leitura.

Até a próxima!

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