Chegando ao local, não tínhamos como ter certeza se a rede ainda estava energizada. E o condutor do automóvel estava encarcerado.
Já no despacho das viaturas, a central de emergências acionou a companhia de energia elétrica para ir ao local garantir a desenergização da rede. O problema é que as viaturas de resgate dos bombeiros se deslocam em prioridade nas vias, enquanto a companhia de energia não.
Ou seja, chegamos ao local sem poder tocar no veículo, e tivemos que aguardar a chegada da companhia, o que levou pelo menos 10 minutos.
Garantido que a rede estava desenergizada, desencarceramos e extraímos a vítima.
Neste caso, o condutor estava consciente e orientado, apenas com dores, alguns cortes e encarcerado mecanicamente.
Mas e se, por exemplo, estivesse inconsciente? Ou em PCR?
Infelizmente, ainda assim não poderíamos tocar no veículo enquanto não tivéssemos a garantia de que a rede estava desenergizada.
A prioridade é sempre evitar que se façam novas vítimas, ou seja, primeiro garantir a segurança da equipe de resgate e da população no entorno da ocorrência, depois efetuar o resgate. A razão deve prevalecer sobre a emoção.
Também não podemos culpar a equipe da companhia de energia pela demora, pois eles não têm autorização para deslocar em prioridade, com giroflex e sirene ligados.
Talvez o que precisa ser mudado é o procedimento para este tipo de ocorrência, permitindo que as companhias de energia possuam veículos de emergência que possam deslocar em prioridade, ou ainda um sistema de desenergização remota.
O acionamento imediato das companhias pelas centrais de emergência também ajuda a reduzir o tempo até a ocorrência.
Saudações!
Olá boa noite! sou Sgt Ezequiel CBDF e vou usar seu relato em uma apresentação de um trabalho no CAEP (curso de altos estudos de praças). Seria possivel voçe me informar qual seu Posto ou Graduação e de onde voçe é para colocar como referencia na apresentação. Desde já te agradeço !
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