sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

HEV e EV submersos

Durante as pesquisas para o post sobre procedimentos diferenciados de resgate em veículos híbridos (HEV) e elétricos (EV) (link), surgiu uma dúvida: e se um desses veículos cair em um rio, lago ou mar?

Toyota Prius dentro d'água. E agora?

Para ter uma informação mais precisa do que fazer nestes casos, fui atrás dos guias de resgate dos próprios fabricantes, e encontrei informação no da Toyota (fonte).

Segue uma tradução livre das recomendações:

1- Em acidentes com HEV e EV parcial ou totalmente submersos, se possível retirar o veículo da água o máximo possível antes de iniciar o resgate.

Aí já começa o primeiro problema: como retirar o veículo sem prejudar a(s) vítima(s)? Teoricamente os resgatistas / socorristas teriam que ao menos estabilizá-la(s) antes de mexer no veículo, correto?

Por isto, o fabricante escreve "se possível". Deve-se avaliar a condição da(s) vítima(s) para decidir se o veículo pode ser movido - cuidadosamente - sem agravar sua situação.

2- Na sequência, imobilizá-lo e desligar a bateria 12V antes dos demais procedimentos.

Nota do manualé seguro entrar na água onde está parcial ou totalmente submerso um veículo HEV e EV. Tanto sua estrutura (chassi, carroceria) quanto a água ao redor estão sob o mesmo potencial elétrico e não oferecem risco de choque.

Opinião: não só como bombeiro, mas como engenheiro eletricista de formação, concordo parcialmente com o que está no manual. O negativo da bateria, o chassi e a carroceria de fato estão sob o mesmo potencial elétrico, bem como a água ao redor.

Por conta disso, desligar a bateria 12V seguindo o procedimento correto (link) - primeiro o negativo e depois o positivo - não traz risco de choque.

Entretanto, e se um componente em alta tensão (banco de baterias, cabos, motor elétrico, inversor) estiver danificado e em contato com a água?

Segundo o fabricante, apenas não se deve tocar ou danificar tais componentes, mas é sim seguro entrar na água para estabilizar o veículo, desligar a bateria 12V e realizar o resgate, caso não seja possível retirá-lo.

Porém, como diz o ditado, "o seguro morreu de velho". Sugestão: "teste" a água antes de entrar (com o dorso da mão, por exemplo, ou com equipamento de teste apropriado). Não é a solução mais adequada, mas na falta de informações mais completas, o melhor é previnir.

Saudações!

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